Segundo dados do Sebrae, o número de mulheres empreendedoras passou de 38% para 45% de 2017 a 2018, ou seja, elas estão perto de alcançar os 50%.
A pesquisa mostra que o número de mulheres na condição de cônjuge, quando a principal renda familiar vem do homem, caiu de 49% para 41% nos últimos anos.
Para Helda Elaine, palestrante e também mulher empreendedora, a participação da mulher é extremamente importante no meio corporativo, sobretudo porque ela consegue, com sua sensibilidade, estabelecer novos pontos de vista, e com sua determinação, força para promover mudanças reais nas funções que desempenha.
“Comecei minha carreira trabalhando em empresas predominantemente masculinas. Convivendo com grandes líderes, pude compreender melhor a visão masculina, aplicando alguns conceitos novos na minha vida profissional. Acredito que isso ajudou a abrir novas portas e descobrir meu talento para inspirar pessoas, levando-me a empreender no mundo das palestras.”, conta Helda Elaine.
Hoje, Helda Elaine palestra em muitos eventos corporativos, alguns voltados somente para mulheres, como é o caso da palestra denominada Mulheres na TPM – Transformação Para Melhor, em que ela fala sobre a determinação, a garra e a capacidade de transformação das mulheres, mesmo enfrentando cenários adversos.
Por outro lado, Helda Elaine aponta números da pesquisa da agência de empregos Catho, que mostra mulheres ainda recebendo menos que os homens em todos os empregos. A maior diferença está no cargo de consultor, no qual os homens ganham 62,5% a mais que as mulheres. O estudo mostra também que para cargos operacionais, a diferença entre salários chega a 58%, e para especialista graduado é de 51,4%.
Tema relevante em debates de cunho social, a igualdade de gênero vem sendo pauta cada vez mais presente no cenário empresarial. “É necessário falarmos e debatermos questões de gênero em qualquer ambiente. No trabalho não é diferente. O ideal é que as práticas estimulem um cenário de igualdade entre homens e mulheres, para que os dois possam somar suas forças”, destaca a palestrante.
Helda Elaine gosta de frisar que, em muitos casos, tanto as mulheres quanto os homens enxergam a entrada da mulher no mundo corporativo como uma competição, porém eles têm habilidades e formas de trabalhar que precisam ser encaradas como complementares.
Em seu livro “O Ser Humano 10D”, Helda enfatiza, no início do décimo capítulo, a seguinte frase: “Se o presidente e seus líderes não pensarem na empresa daqui a cinco, dez, vinte ou cinquenta anos, fique tranquilo; ninguém haverá de pensar”.
Na sua opinião, as questões de gênero se encaixam perfeitamente nisso. “Deixo claro em minhas palestras que empresas lotadas de homens, com as mulheres alçadas a posições subalternas, são ultrapassadas e os resultados negativos haverão de surgir. Não acredito que isso deva desestimular ou incomodar o público masculino. Pelo contrário, a igualdade de gênero gera muitos benefícios, desde a retenção de novos talentos, resultados positivos provenientes da diversidade de pontos de vista, além de uma imagem altamente positiva perante a sociedade. E a opinião pública, como sabemos, é algo fundamental na venda de bens e serviços.”