OMS reconhece o burnout como doença ocupacional no Brasil. Especialistas em gestão empresarial e liderança explicam como criar ambientes emocionalmente saudáveis dentro das empresas
São José dos Campos, fevereiro de 2025 – O burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, passou a ser oficialmente reconhecido no Brasil como uma doença ocupacional. A condição já integrava a Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 2022, mas com a adoção da CID-11 este ano os pacientes diagnosticados com burnout terão a inscrição do código QD85 em seus atestados médicos.
Antes que estes casos se tornem mais recorrentes e tenham ainda mais impactos negativos dentro das empresas, algumas delas estão adotando formas de garantir um ambiente emocionalmente mais saudável. Valéria Querido, proprietária da clínica odontológica Luminatus Odontologia, em Pindamonhangaba, no distrito de Moreira César, optou por fazer um curso de liderança emocional para lidar com estas questões na empresa.
Para ela, a experiência como ex-funcionária CLT trouxe aprendizados essenciais sobre a importância de um ambiente de trabalho saudável. “Com as minhas funcionárias, eu sempre converso, faço alinhamento e procuro saber se elas estão sobrecarregadas. Essa é a minha grande preocupação. Já fui CLT e lembro do meu patrão exigir muito além do que eu poderia fazer, lembro de palavras ofensivas e de não ter meu trabalho valorizado”, conta.
Valéria estuda sobre liderança e inteligência emocional na Febracis, maior escola de negócios da América Latina, que vem atraindo cada vez mais empresários e executivos em busca de conhecimento para lidar com casos de estresse e burnout nas empresas.
O burnout, que já atinge milhares de trabalhadores no Brasil e no mundo, é caracterizado por exaustão extrema, estresse crônico, alterações de humor, insônia, dores musculares e impacto significativo no desempenho profissional. Segundo o Ministério da Saúde, os profissionais de áreas altamente exigentes, como saúde, educação, segurança pública e comunicação, estão entre os mais afetados.
De acordo com Vinicius Carlos, diretor da Febracis São José dos Campos, o burnout não é causado apenas pelo estresse diário, mas pela soma de fatores que desgastam a mente e o corpo constantemente. “A química negativa gerada pelo estresse ininterrupto pode levar sua saúde mental e física ao limite, prejudicando tanto o profissional quanto a empresa. Mas é possível agir antes que isso aconteça. Os líderes precisam estar preparados para identificar sinais de esgotamento e promover ambientes mais saudáveis. O equilíbrio entre produtividade e bem-estar não é um luxo, mas uma necessidade para qualquer organização de sucesso”, explica Vinícius.
Os treinamentos e metodologias voltadas ao desenvolvimento da inteligência emocional e liderança humanizada, capacitou a empresária para criar estratégias e evitar que o esgotamento comprometa a performance das equipes. “Hoje, eu procuro criar um ambiente diferente. Eu aprendi a ser líder e a me posicionar. É importante apontar falhas da liderança, e o líder deve ter humildade para ouvir e corrigir. O alinhamento rápido evita sobrecarga e permite que o grupo tenha, de fato, sucesso”, afirma Valéria.
Sobre a Febracis
Presente em São José dos Campos, a Febracis é referência nacional em treinamentos de inteligência emocional, gestão empresarial e liderança. Oferecendo uma combinação única de ciência comportamental e técnicas avançadas de coaching, a instituição é a maior escola de negócios da América Latina. Para saber mais, acesse: https://febracis.com/