Com a regulamentação da atividade em vias de ser aprovada, job hunter Maria Emília Leme fala sobre a conduta de candidatos e empresas para preencher vagas
Foto: divulgação
O sistema híbrido, realidade já em fase de regulamentação no Brasil, vem alterando a postura de empregadores e candidatos na hora das entrevistas de emprego. Ter clareza do que deseja e estar preprado para as perguntas do recrutador são recomendações da job hunter Maria Emília Leme, que avalia que as mudanças de pensamento de ambos os lados têm impactado muito o processo seletivo.
Não só a dinâmica de trabalho tem sido alterada, como também executivos estão enxergando de forma diferente a produtividade e o equilíbrio da vida profissional com a vida pessoal. A divisão de jornadas entre casa e escritório, agora, são cartas postas à mesa na hora da negociação.
“As mudanças ampliaram as oportunidades de trabalho remoto e, consequentemente, em outras cidades, o que também é bom para a empresa encontrar colaborador qualificado. Mas o sistema híbrido impõe algumas adaptações. Se o candidato não se sentir confortável com elas, deve declinar da oportunidade imediatamente. Da mesma forma, deve ser claro e declinar se quiser o híbrido e a empresa oferecer o presencial”, diz Maria Emília.
Se o profissional não se sente à vontade para interagir por ferramentas de vídeo ou julga não conseguir demonstrar o seu potencial trabalhando sem a proximidade física com a equipe, deve procurar oportunidades que ofereçam o sistema em que se encaixa. “O ideal seria que mesmo no teletrabalho as empresas programassem dias para o encontro presencial de seus times”, continua.
Se a vaga é do sistema híbrido, o concorrente ao posto pode se certificar do suporte que receberá da contratante. “Na entrevista, o candidato pode perguntar quais das regras do sistema híbrido foram estabelecidas pela empresa e se ela fornece equipamentos eletrônicos ou ergonômicos, por exemplo”, afirma Maria Emilia.
Ao empregador, é importante avaliar como o candidato se sai tanto no presencial quanto no online. Por isso, e também por vantagens como otimização de tempo, redução de custos e maior alcance de profissionais qualificados, os recrutamentos seguem tendência a serem mais híbridos.
“A empresa consegue avaliar a desenvoltura do candidato em etapas por vídeo, até que possa ser feito um encontro presencial. Quem estiver disposto a trabalhar entre casa e escritório precisa se preparar para a entrevista testando conexão e entrando na reunião com antecedência, seguro de que o ambiente está silencioso e com um fundo mais neutro que não distraia o interlocutor.”
O sistema híbrido de trabalho –ainda em vias de ser regulamentado por meio da aprovação de dispositivos como o Projeto de Lei nº. 10 e as MPs 1.108 e 1.109, todos de 2022– admite, entre outras regras, que o profissional passe a ser avaliado não pelas horas trabalhadas, mas pela produtividade (entrega das demandas).
“Existe uma independência maior dos profissionais, pois o que importa é o resultado. O candidato, neste contexto, precisa fazer uma autoavaliação para identificar se sente estar apto a trabalhar em casa. Ele é produtivo neste modelo? É algo que precisa ser aprimorado? Porque não adianta seguir em frente no processo seletivo quando não há compatibilidade entre os interesses da empresa e do empregado. A cultura e os propósitos de ambos precisam estar alinhados, e isso também é tendência”, finaliza Maria Emília.
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