Quando as gigantes americanas McDonald’s e Burger King ainda nem faziam delivery no Brasil, em 2015, a mineira Camila Guerra abriu uma hamburgueria dentro de casa, obstinada a entrar para o top 10 do ranking nacional de fastfood.
Com um fogão, uma panela e R$ 800,00 no bolso, ela criou sua própria receita de molho e começou a fazer entregas de lanches em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais.
A ideia surgiu quando ela, com vontade de pedir um hambúrguer, não pôde ser atendida porque morava fora do raio de atuação de um delivery da capital.
Decidida a acabar com o problema, Camila colocou uma meta na cabeça: ter uma rede de hamburguerias que atendesse com eficiência todas as pessoas que ligassem na sua loja. Em cinco anos, ela abriu 24 estabelecimentos próprios em seis estados brasileiros.
Talentosa e apaixonada por marketing, ela fez questão de criar uma identidade forte para a embalagem do produto, no padrão internacional. E não foi à toa que escolheu para sua empresa um nome em inglês: American Burger Delivery.
“Desde o início, vejo as pessoas se surpreenderem ao saber que somos do Brasil. Como o brasileiro sempre deu mais valor ao que é de fora, a estratégia foi exatamente esta: fazer o cliente pensar que somos concorrentes do McDonald’s e do Burger King. Mas a verdade é que, além de termos alto padrão como eles, temos o diferencial do gostinho brasileiro no produto”, conta Camila Guerra.
Segundo ela, se a American Burger Delivery fosse uma pessoa, seria daquelas que nascem com sorte. “Mas não foi sorte. Atribuo o sucesso que temos tido à minha capacidade de realizar tudo o que imagino. Sempre que tenho uma ideia, vou lá e executo. Assumo riscos, encaro as dificuldades e tomo decisões”, revela Camila, que hoje está com 32 anos.
Quando completou seis meses de existência, a American Burger viu surgiu duas startups de delivery: iFood e Rappi. Neste momento, Camila passou a terceirizar as entregas e canalizar energia no aumento das vendas.
“Com a chegada destes aplicativos no mercado, a American Burger experimentou um crescimento que jamais podia esperar. Dobramos de tamanho. Abrimos lojas físicas para experimentar um novo modelo de negócio e, na inauguração de uma delas, tivemos filas que davam volta no quarteirão”, lembra.
Empreendedora nata, Camila não se deixa intimidar pelas crises. Ao contrário, durante a greve dos caminhoneiros que acabou com a gasolina em BH e parou o comércio em 2018, ela tirava combustível dos carros de uma locadora de automóveis e mantinha as entregas, eliminando os concorrentes menores.
Na pandemia, quando rumores ameaçavam a economia e, mais especificamente, o varejo, ela dobrou seu faturamento com a venda de hambúrgueres no delivery.
Hoje, Camila dedica 100% do seu tempo à empresa, é amiga dos funcionários e planeja validar sua receita em outros estados brasileiros. A próxima empreitada será o Nordeste.
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